Efeitos da pandemia na indústria da borracha.

Efeitos da pandemia na indústria da borracha.

Sem dúvida o mundo todo foi pego de surpresa, um inimigo atingiu a população.

O que começou como um pequeno problema se transformou em uma pandemia.

 

Segundo a Agência Brasil, foi publicado um relatório feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), “que apontou um forte impacto sobre o mercado de trabalho, onde a taxa de desemprego pode atingir 12,3% na América Latina e Caribe”. (Agência Brasil).

 

Neste momento crítico, é importante compreendermos os principais efeitos que essa pandemia tem causado na indústria da borracha. Ter consciência dos principais dados e projeções é um passo muito importante para redução dos impactos caudados pela COVID 19 na indústria da borracha.

 

Dados do setor:

 

O cenário em nosso segmento mostra que a pandemia atingiu diretamente a produção de látex no Brasil. As exportações de calçados caíram 33% segundo a ABICALÇADOS, e as vendas de pneus tiveram queda de 2% conforme informou a ANIP.

 

O setor continua produzindo, porém, a dificuldade de escoar a produção causa prejuízos às empresas. Em março de 2020, fase inicial da pandemia, os produtores perceberam que o setor estava no ápice da safra e a demanda em queda, somado ao fato do Brasil não ter cultura de estocar este tipo de produto (dado que a procura sempre foi maior do que a oferta), agrava-se ainda mais a situação.

 

Em São Paulo, a Apabor (Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha), encaminhou um ofício ao Klaus Curt Müller, presidente-executivo da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), dizendo: “Levando em conta os milhares de empregos pelos quais somos responsáveis e pela vital importância da renda gerada por nossa atividade no Estado de São Paulo, estamos recomendando que, na medida do possível, e com segurança, sejam mantidas as atividades de produção no campo”, destaca a carta. Tal ação aponta para os constantes desafios que o setor enfrenta e enfrentará e que exige das empresas, sociedade e órgãos governamentais, ações eficazes para esse momento de retração.

 

Hoje, contudo, o cenário apresenta sinais de retomada. Com uma flexibilização maior para o comércio, além de datas comemorativas, como o dia das crianças que estimulam a demanda, já pode-se notar uma perspectiva de retomada do setor. É o caso do setor calçadista da cidade de Birigui – SP, que após meses de prejuízo, está voltando a se recuperar e inclusive contratando mais colaboradores por conta da flexibilização e das datas do comércio que estimulam as compras. As indústrias da cidade estão otimistas, já que muitas delas tem calçados destinados para o público infantil.

 

O momento é de reflexão, adaptação às mudanças de hábitos e criatividade nos negócios.

O exemplo de Birigui mostra que a flexibilização do comércio e as oportunidades geradas pelas datas (comemorativas) que impulsionam os consumidores, são caminhos para voltar o escoamento da produção da indústria. Vale ainda: buscar melhor planejamento, renegociar contratos e prazos de pagamento, prazos de entrega, criar promoções, fazer combos, aprimorar a gestão de estoque, priorizar produtos carro-chefe… Enfim, inovar.